Já sei que o Natal já passou, mas eu não podia deixar passar essa linda data sem uma reflexão à altura, certo? Embora não seja cristã praticante (apenas fui baptizada) sempre achei que a tradição do Natal já há muito que deixou de ser apenas uma festa religiosa, de facto, acho que qualquer pessoa pode desfrutar do verdadeiro significado (pelo menos a minha interpretação) desta festa. Para mim, Natal, é mais do que receber presentes (pois claro, toda a gente diz isso). Pode parecer uma estupidez, mas para mim, o Natal começa logo quando passamos por uma loja e vemos o presente ideal para aquela pessoa de quem tanto gostamos... e os problemas também começam. Como toda agente sabe, um adolescente não recebe um salário muito grande (eu faço parte do pequeno grupo que ganha semanada), mesmo assim (com um pouco de ginástica) o dinheiro sempre chegou para a BD e as prendas de Natal.
Quanto à noite, jantei com a família (pai, mãe, irmã e avó materna), conversamos um pouco, e comecei os telefonemas... fiquei uma pilha de nervos porque falei com pessoas muito importantes para mim (e com as quais já não falava à muito). Primeiro foram os amigos da escola (entre eles a MJ, claro), depois foi aos amigos fora da escola (a minha "mana" mais velha, Cristina)... e foi aí que mais me custou... quem me conhece sabe que sou muito tímida, por isso deixei as chamadas que mais me deixavam sensível para o fim, resultado, a penúltima foi a uma correspondente minha que vive em França... e não fala português (deviam ver a minha figura a tentar falar um francês decente), agora sei que não devia ter deixado a que deixei para último, foi à minha professora de inglês do ano passado (que também se chama Cristina... nome lindo, estou à vontade para dizer isto porque já não me vai avaliar em nada), estava tão nervosa que não consegui nem dizer o nome pelo qual quase toda a gente me conhece (assino sempre Sofia A. por uma questão de conveniência)... uns minutos mais tarde estava a pobre mulher a ligar-me para dizer que não conseguiu perceber quem eu era à primeira... francamente, que ninguém me queira ver verdadeiramente nervosa! Mas digo-vos, o meu Natal ficou muito mais feliz só por causa dessa chamada, foi um lindo presente (já viram, alguém se deu ao trabalho de me telefonar só para me dizer algumas coisas... fiquei desfeita em lágrimas (lá está uma das minhas mais típicas características... chorar como uma fonte). Depois dos telefonemas fiquei mais um pouco com toda a gente e fui para a cama (estranhamente, o Natal é a única noite em que vou para a cama cedo de livre vontade).
De manhã (como já é costume na família) foi a troca de presentes, gostei de tudo (não faço ideia de como ou onde os meus pais encontraram algumas coisas... acho que não preciso de saber), mas o que mais me surpreendeu foi o que a Sandra me deu (todos na minha família têm muita imaginação... menos eu... mas aquela rapariga nasceu com uma criatividade e poderes de dedução fantásticos), uma canequinha com um desenho da artista que eu mais respeito (o meu ídolo), Erin (podem visitar o site onde tomei conhecimento dela aqui:
http://hellsing.comicgenesis.com/ ). Pode não parecer muito para olhos (e corações) destreinados, mas para mim foi tão lindo que me fez chorar! Mais tarde pouca coisa importante aconteceu (como já é costume fiquei anestesiada para o resto do dia), fui a casa dos meus avós paternos, trocamos mais prendas, almoçamos, falamos mais... e voltamos para casa (fico sempre tão cansada depois de dias assim).
Foi um bom Natal, não acho que seja repetitivo, afinal acontece sempre, pelo menos, uma coisa diferente de ano para ano (por exemplo, no ano passado falhou a luz em algumas casa vizinhas... e no nosso rés-do-chão), era bom que fosse sempre assim no futuro!
Foi pena não podermos por tudo no jornal, paciência, sai mais para a próxima.
